Sou flor urbana,
suportando tramitação,
crescendo sem pedir
em meio a gotas de poluição,
escutando sem querer,
progresso de civilização.
Sou flor urbana,
procuro estar erguido,
ás vezes em desequilíbrio,
mas sempre em exibição.
para poucos que percebem,
e mesmo que neguem,
é inevitável comparação.
Sou flor urbana,
mas não fico sempre a espera,
do regador da primavera,
ou da chuva de verão.
meu anseio é mais forte
por não depender da sorte,
para molhar o coração.
Sou flor urbana,
e vou levando a vida,
no jardim da avenida
ganho a luz do farol,
ora ou outra no escuro,
sob um monte de entulho,
Sinto
saudade
do amigo
sol.
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